11.12.2008 - 11h16 - Anónimo, Algés
Não faço ideia, mas creio não existirem cinco cineastas vivos que tenham dado tanta despesa aos contribuintes quanto Manoel de Oliveira. O próprio nome Manoel, em vez de Manuel, é uma piroseira, que se aceita no caso de ser nome de família. Ainda por cima fizeram-lhe uma casa-museu que este artista deixou ao abandono.
11.12.2008 - 13h06 - SVC, Maia
O sr. Oliveira só seria bom se tivesse nascido aí no estuário do Tejo? Como não foi o caso, e ainda teve o atrevimento de vir nascer á província (entenda-se o Porto segundo a perspectiva do estuário do Tejo) nem a Ingmar Bergman pode ser comparado. Quanto a subsídios a outros cineastas - seria bom saber quantos foram contemplados e que fossem do Porto. Aiai o centralismo deste país...
11.12.2008 - 13h14 - Anónimo
Se ele é tão bom, por que é que nunca ganhou nenhum prémio, com excepção daqueles especiais de carreira, do juri... do raio que o parta! A verdade é que a maioria dos filmes são aborrecidos, e por isso são louvados pelos supostos intelectuais...
Estes três comentários estão disponíveis na notícia do Público dedicada ao centenário de Manoel de Oliveira. E explicam perfeitamente por que não lhe vou fazer homenagem nenhuma hoje. Exceptuando o comentário do meio, mera baboseira bairrista mais interessante pela estupidez, os outros dois resumem muito daquilo que a opinião pública pensa de Oliveira. Pessoalmente, acho que quem quer homenagear um cineasta destes deve faze-lo sempre que possível. Quanto aos outros, deviam perceber que não é o pais que não merece Oliveira e os seus “encargos”: Oliveira é que, depois de cem anos, merece mais do que aturar bardamerdas.
5 comentários:
O país, esta merdinha cheia desses anormais que nunca viram qualquer filme seu, é que não merece Oliveira.
Completamente. O que não quer dizer que não sejam esses mesmos anormais que nunca viram um filme dele que, para armar ao pingarelho, estejam a encher a blogoesfera de hoenagens...
É o costume, em dias de festa toda a gente aparece.
Muito pessoalmente não gosto do Oliveira... Falta de ritmo, nunca houve ritmo nos filmes dele... Só se podem ver numa sala de cinema e com uma tela gigantesca... E só se se tiver dormido muito bem e comido muito pouco... Caso contrário o bocejo é a coisa mais natural...
Depois há os actores e esse grande problema do cinema português...
De qualquer forma, não posso nunca achar que é por dizer coisas como as que acabei de dizer que possa ser um "badamerda"... Se assim fosse, qualquer pessoa com opiniões diferentes das nossas seria um "badamerda"...
Só é preciso esfriar um bocado os "bitáites turcos"... Se não se concorda, diz-se que não se concorda, não se parte para o insulto...
Já agora, porquê ficar preso às teorias do Bazin? Porquê ter que achar que um filme nunca pode ser apreciado pelo argumento?
Isso para mim é cair num abismo que retira do cinema qualquer dos seus propósitos teleológicos...
Mas é a tal coisa, eu só quero apreciar filmes, não quero ser realizador...
Cumprimentos cinéfilos!
Caro Ursdens: Com uma desculpa pelo atraso na aprovação do comentário, digo que parece claro no texto que nada tenho contra que não gosta de Oliveira por motivos estéticos ou teleológicos. Referia-me somente à velha questão dos subsídios, da "despesa dos contribuintes" e da falta de prémios. Eu, que também não quero ser realizador, mandei o bitaite turco contra aqueles que acham que é o Manoel de Oliveira o responsável pelo défice ou pela falta de verbas para o Leonel Vieira ou o António Pedro-Vasconcellos despirem a Soraia Chaves. Tenho divergências de opinião suficientes com pessoas que adoro e tamanhas convergências com pessoas que detesto para saber ver as diferenças como salutares. Não me peçam é para ir de fininho quando oiço dizer que não há dinheiro para o que eu gosto, quando vejo esbajar-se tanto dinheiro dos meus impostos em coisas menos sérias e menos edificantes para a própria imagem do país.
Cumprimentos
Certíssimo...
Assim gosto! :)
Cumprimentos cinéfilos!
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