The Fighter é, até hoje, o projecto mais pessoal de Mark Wahlberg. Produtor, argumentista e actor principal, Wahlberg empenhou muito da reputação granjeada nos últimos anos na feitura deste filme, no seu realismo (os combates foram filmados pela mesma equipa que os filmou, originalmente, para a HBO) e na escolha de um elenco uniformemente excelente na sua apropriação às personagens. Adicionalmente, contratou o sempre interessante David O. Russell para a realização. Tristemente, consegue apenas que The Fighter seja um filme mediano, sem um golpe de asa que o eleve acima dos largos exemplos de filmes no mundo do pugilismo.
E, apesar de tudo, é um filme que se vê muitíssimo bem, sobretudo, enquanto parte do fluxo de filmes recentes passados na cidade de Boston e que tratam os seus códigos de honra, as suas unidades familiares e até as suas paisagens degradadas (o bairro de Lowell, onde Wahlberg se dedicou outrora à delinquência juvenil), na senda de filmes como Good Will Hunting, Mystic River ou o mais recente The Town. Na senda de certos filmes de boxe (os diversos Rocky à cabeça) é um belo exercício sobre o pugilismo como meio de escape da pobreza material e espiritual desses locais e é, inclusivamente, filmado num estilo cru e ritmado, o que, juntamente com a intriga baseada mais nas personagens do que nas acções, na senda do cinema da década de 70 do cinema americano.
Se tudo correu bem com a escrita do parágrafo anterior, é fácil perceber que o problema de The Fighter é ser sempre na senda de qualquer coisa. Se o interesse humano e cultural está lá, é difícil não pensar em como já vimos todos os elementos que compõem esta obra noutras de qualidade bem maior. O que o redime é o facto de a mão-de-obra ser muito boa: não só o realizador e o actor principal estão em bom plano como os secundários Christian Bale (fenomenal), Amy Adams e Melissa Leo prendem o espectador ao ecrã. Não se perde tempo a vê-lo mas esperava-se mais do projecto mais pessoal de Mark Wahlberg.
E, apesar de tudo, é um filme que se vê muitíssimo bem, sobretudo, enquanto parte do fluxo de filmes recentes passados na cidade de Boston e que tratam os seus códigos de honra, as suas unidades familiares e até as suas paisagens degradadas (o bairro de Lowell, onde Wahlberg se dedicou outrora à delinquência juvenil), na senda de filmes como Good Will Hunting, Mystic River ou o mais recente The Town. Na senda de certos filmes de boxe (os diversos Rocky à cabeça) é um belo exercício sobre o pugilismo como meio de escape da pobreza material e espiritual desses locais e é, inclusivamente, filmado num estilo cru e ritmado, o que, juntamente com a intriga baseada mais nas personagens do que nas acções, na senda do cinema da década de 70 do cinema americano.
Se tudo correu bem com a escrita do parágrafo anterior, é fácil perceber que o problema de The Fighter é ser sempre na senda de qualquer coisa. Se o interesse humano e cultural está lá, é difícil não pensar em como já vimos todos os elementos que compõem esta obra noutras de qualidade bem maior. O que o redime é o facto de a mão-de-obra ser muito boa: não só o realizador e o actor principal estão em bom plano como os secundários Christian Bale (fenomenal), Amy Adams e Melissa Leo prendem o espectador ao ecrã. Não se perde tempo a vê-lo mas esperava-se mais do projecto mais pessoal de Mark Wahlberg.
1 comentário:
Confesso que neste nem me aguentei até ao fim. demasiada " sopa" : "flashy" cuts, personagens secundárias sketch, demasiado tipificadas e coreografadas, os red hot chili peppers em loop imparável...
De tudo, destaco o sempre competente Bale, que não sabe falhar como actor.
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