Nos últimos tempos, houve um filme espanhol a estrear em Portugal (La Caja) e em Setembro haverá outro (Los Abrazos Rotos). Uma realizadora espanhola (Isabel Coixet) estreou um filme (Elegy) com actores de calibre internacional (Ben Kingsley, Penelope Cruz, Patricia Clarkson, Dennis Hopper e Peter Skarsgaard), passado em Nova Iorque e com dinheiro americano. No início do ano, a mesma actriz espanhola (Cruz) venceu o óscar de Melhor Actriz Secundária, um ano depois de Javier Bardem ter ganho o prémio equivalente nos homens, por um filme de um cineasta histórico passado em Barcelona, financiado pelo país vizinho e juntando as duas estrelas (Vicki Cristina Barcelona de Woody Allen). Foi uma produtora espanhola (a El Deseo de Almodovar) que financiou o La Mujer sin Cabeza de Lucrécia Martel. E, finalmente, nos filmes a estrear em breve, foi o dinheiro espanhol que permitiu parcialmente a Brad Anderson fazer Transsiberian (com Eduardo Noriega no elenco e diversos técnicos espanhóis, entre os quais o director de fotografia Xavi Gimenez) e a Jim Jarmusch fazer The Limits of Control, passado em grande medida em Madrid e em Sevilha.
Dinheiro para gastar, actores, técnicos e cineastas para exportar, capacidade de atracção de cineastas estrangeiros e inserção nas correntes de financiamento globais. É impressão minha ou estamos a assistir ao nascimento de uma nova potência cinematográfica internacional?
Dinheiro para gastar, actores, técnicos e cineastas para exportar, capacidade de atracção de cineastas estrangeiros e inserção nas correntes de financiamento globais. É impressão minha ou estamos a assistir ao nascimento de uma nova potência cinematográfica internacional?
1 comentário:
Todo eso, ¿tiene algún interés para alguien? ¿Mejora el cine español que lleva dos años con un nivel inferior al habitual no muy elevado? Siempre hay gente que tiene dinero, y lo usa: unos para hacer más dinero, otros por derrocharlo.
Miguel Marías
Enviar um comentário