12 julho 2009

Arriba!


Nos últimos tempos, houve um filme espanhol a estrear em Portugal (La Caja) e em Setembro haverá outro (Los Abrazos Rotos). Uma realizadora espanhola (Isabel Coixet) estreou um filme (Elegy) com actores de calibre internacional (Ben Kingsley, Penelope Cruz, Patricia Clarkson, Dennis Hopper e Peter Skarsgaard), passado em Nova Iorque e com dinheiro americano. No início do ano, a mesma actriz espanhola (Cruz) venceu o óscar de Melhor Actriz Secundária, um ano depois de Javier Bardem ter ganho o prémio equivalente nos homens, por um filme de um cineasta histórico passado em Barcelona, financiado pelo país vizinho e juntando as duas estrelas (Vicki Cristina Barcelona de Woody Allen). Foi uma produtora espanhola (a El Deseo de Almodovar) que financiou o La Mujer sin Cabeza de Lucrécia Martel. E, finalmente, nos filmes a estrear em breve, foi o dinheiro espanhol que permitiu parcialmente a Brad Anderson fazer Transsiberian (com Eduardo Noriega no elenco e diversos técnicos espanhóis, entre os quais o director de fotografia Xavi Gimenez) e a Jim Jarmusch fazer The Limits of Control, passado em grande medida em Madrid e em Sevilha.

Dinheiro para gastar, actores, técnicos e cineastas para exportar, capacidade de atracção de cineastas estrangeiros e inserção nas correntes de financiamento globais. É impressão minha ou estamos a assistir ao nascimento de uma nova potência cinematográfica internacional?

1 comentário:

Anónimo disse...

Todo eso, ¿tiene algún interés para alguien? ¿Mejora el cine español que lleva dos años con un nivel inferior al habitual no muy elevado? Siempre hay gente que tiene dinero, y lo usa: unos para hacer más dinero, otros por derrocharlo.
Miguel Marías