31 dezembro 2009
29 dezembro 2009
O que realmente importa em "Avatar"...
.. é saber que ainda haverá quem fume no ano 2154. Tudo o resto é dispensável.
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James Cameron
22 dezembro 2009
Notas da ´teca (7)
No final dos anos 30, mercê de diversos problemas com os estúdios ao longo da década e que injustamente apagaram, na cabeça dos produtores, os muitos sucessos anteriores, King Vidor não tinha a vida facilitada. Felizmente, The Citadel (1938) inverteu a situação e permitiu a existência do belíssimo mas complexo The Northwest Passage (1940), adaptação da primeira parte do à época famoso romance homónimo de Kenneth Roberts. Superprodução em technicolor onde a grandiosidade do cinema de Vidor podia brilhar em toda a amplitude, acabou por sofrer limitações por parte da MGM, preocupada com o custo galopante da obra, e não só não repetiu o sucesso da obra anterior como voltou a lançar Vidor numa travessia do deserto, não filmando entre 1941 e 1944.
Idealmente, esta história da conquista do território americano a índios e franceses estava pensada para servir de incitação patriótica ao público norte-americano em vésperas do início da participação na Segunda Guerra Mundial. Contudo, é um filme ideologicamente complexo, a que muitos apelidaram de fascista, sobretudo pela personagem carismaticamente desempenhada por Spencer Tracy. É certo que o Major Robert Rogers tem, na sua devoção total ao brio e ao método militar bem como, e sobretudo, na maneira como vê e mata índios, muitos aspectos totalitários e até fascistas. Contudo, o filme equilibra essa componente através das demonstrações de respeito e interesse que Rogers tem pelos seus homens, bem como pela tónica nas dificuldades por que passavam aqueles homens (sempre vistos como heróis), que forçavam a existência de atitudes menos correctas mesmo vindas de pessoas de moral acima de qualquer suspeita. Essencialmente, concordo com a opinião de João Bénard da Costa na respectiva folha da Cinemateca (de onde são, aliás, retirados os dados históricos citados no início): mais do que ideologia, que pode ser vista aqui, deve-se ver realismo, sobretudo na violenta sequência da destruição da aldeia índia. Ninguém disse que durante a construção de um país não se sujam as mãos.
Curioso é que no meio das acusações de fascismo, um pormenor tenha sido esquecido: com a acção situada antes da Revolução Americana, apenas no início, e à laia de McGuffin, há a contestação ao Império Britânico. De resto, até há planos em que a Union Jack voa ao vento de forma muito conspícua. Se Vidor põe de lado o ímpeto anti-imperialista no retrato da vida colonial da América, então está definitivamente provado que o interesse era retratar e não politizar.
O que, por sua vez, se estende à componente estética. Do mesmo modo que a personagem de Robert Young pretende ser um pintor na senda de Rubens ou Velasquez (e é difícil não ver a influência deste último na construção geométrica do encontro de Young com a família da sua amada), interessa a Vidor pintar uma paisagem e povoá-la com um povo. Como em Man Without a Star (1955) e, obviamente, Duel in The Sun (1946), o que aqui vemos é uma visão ideal, pictoricamente estilizada através do technicolor, da paisagem norte-americana e da interacção das personagens com ela (note-se a magnífica sequencia em que é a corrente humana que permite combater a corrente de um rio), não se coibindo mesmo, no final do filme, de exaltar em monólogo as virtudes do território americano. Mais perto de Ford do que de Hawks, Vidor mantém aqui a sua componente de cineasta telúrico, talvez mesmo o maior de todos.
Idealmente, esta história da conquista do território americano a índios e franceses estava pensada para servir de incitação patriótica ao público norte-americano em vésperas do início da participação na Segunda Guerra Mundial. Contudo, é um filme ideologicamente complexo, a que muitos apelidaram de fascista, sobretudo pela personagem carismaticamente desempenhada por Spencer Tracy. É certo que o Major Robert Rogers tem, na sua devoção total ao brio e ao método militar bem como, e sobretudo, na maneira como vê e mata índios, muitos aspectos totalitários e até fascistas. Contudo, o filme equilibra essa componente através das demonstrações de respeito e interesse que Rogers tem pelos seus homens, bem como pela tónica nas dificuldades por que passavam aqueles homens (sempre vistos como heróis), que forçavam a existência de atitudes menos correctas mesmo vindas de pessoas de moral acima de qualquer suspeita. Essencialmente, concordo com a opinião de João Bénard da Costa na respectiva folha da Cinemateca (de onde são, aliás, retirados os dados históricos citados no início): mais do que ideologia, que pode ser vista aqui, deve-se ver realismo, sobretudo na violenta sequência da destruição da aldeia índia. Ninguém disse que durante a construção de um país não se sujam as mãos.
Curioso é que no meio das acusações de fascismo, um pormenor tenha sido esquecido: com a acção situada antes da Revolução Americana, apenas no início, e à laia de McGuffin, há a contestação ao Império Britânico. De resto, até há planos em que a Union Jack voa ao vento de forma muito conspícua. Se Vidor põe de lado o ímpeto anti-imperialista no retrato da vida colonial da América, então está definitivamente provado que o interesse era retratar e não politizar.
O que, por sua vez, se estende à componente estética. Do mesmo modo que a personagem de Robert Young pretende ser um pintor na senda de Rubens ou Velasquez (e é difícil não ver a influência deste último na construção geométrica do encontro de Young com a família da sua amada), interessa a Vidor pintar uma paisagem e povoá-la com um povo. Como em Man Without a Star (1955) e, obviamente, Duel in The Sun (1946), o que aqui vemos é uma visão ideal, pictoricamente estilizada através do technicolor, da paisagem norte-americana e da interacção das personagens com ela (note-se a magnífica sequencia em que é a corrente humana que permite combater a corrente de um rio), não se coibindo mesmo, no final do filme, de exaltar em monólogo as virtudes do território americano. Mais perto de Ford do que de Hawks, Vidor mantém aqui a sua componente de cineasta telúrico, talvez mesmo o maior de todos.
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Notas da 'teca
21 dezembro 2009
A década
01 - Lost in Translation
02 - A Última Hora
03 - 2046
04 - Million Dollar Baby
05 - Kill Bill vol. 2
06 - Gran Torino
07 - Munique
08 - Saraband
09 - Juventude em Marcha
10 - O Caimão
02 - A Última Hora
03 - 2046
04 - Million Dollar Baby
05 - Kill Bill vol. 2
06 - Gran Torino
07 - Munique
08 - Saraband
09 - Juventude em Marcha
10 - O Caimão
19 dezembro 2009
13 dezembro 2009
09 dezembro 2009
A banda da década?
You don´t need to find answers/ to questions never asked of you
in “Two More Years”
We promised the world we’d tame it/ What were we hopping for?
in “Pioneers”
in “Two More Years”
We promised the world we’d tame it/ What were we hopping for?
in “Pioneers”
Musicalmente, a década que agora finda foi extremamente proveitosa. O rock rejuvenesceu, através dos Strokes, White Stripes, Queens of the Stone Age, Interpol, Yeah Yeah Yeahs e muitos outros. A electrónica deu-nos muitos e bons nomes, mas basta citar LCD Soundsystem para a década estar ganha. Arcade Fire, The National e Antony and the Johnsons foram profunda fonte de catarse. Na pop, o lado arty dos Franz Ferdinand conjugou-se na perfeição com o caleidoscópio dos MGMT e com a desbocada Lily Allen. Em Portugal, discos de Old Jerusalem, Humanos, Linda Martini, os fantásticos Golpes e os sobrevalorizados Pontos Negros dão esperança no futuro. Mas qual foi a banda que melhor capturou o aspecto humano contra e dentro do zeitgeist? A resposta, para mim, só pode ser uma: Bloc Party.
É certo que todos os nomes internacionais atrás referidos são, esteticamente, muito melhores que os Bloc Party. É igualmente certo que são musicalmente limitados. E é indiscutível que o seu percurso tem sido a pique, descendendo da estreia Silent Alarm (2005) para o seguinte A Weekend in the City (2006) e ainda mais com o terceiro Intimacy (2008). Mas os Bloc Party juntam, da forma mais coerente e mais recompensadora, os diversos matizes da vida contemporânea. Banda de canções mais do que de álbuns, neles se pode ver: a energia dos começos ("Little Thoughts"), a espera pelos momentos em que os problemas serão debelados ("Two More Years"), pequenos momentos de declaração amorosa ("So here we are" ou "Sunday"), retratos da vida (sub)urbana ("A Song for Clay" ou "Waiting for the 7 18"), a impotência de quem olha para o mundo virado do avesso e nada consegue fazer ("Pioneers") ou a tristeza pelo fim dos relacionamentos ("Signs"). Por detrás de uma banda aparentemente limitada, esconde-se uma obra bem mais preenchida e sentimentalmente ampla do que parece.
A compor este ramalhete, aparece a construção (a ilusão, se quiserem). Mimetizando o mundo actual, a música dos Bloc Party parece cheia de néons e edifícios de vidros espelhados, de telemóveis topo de gama com acesso ao Facebook e ao Twitter, do crescimento económico normalizador do mundo capitalismo, do bulício nocturno à volta de bares e discotecas onde as pessoas tentam expurgar as suas neuroses e limitações, das madrugadas em que se volta a casa embriagado, com frio e cansado mas com a sensação da catarse feita. Não é que se pareçam connosco (afinal de contas, quantos de nós tocaram em Glastonbury?) mas disfarçam muito bem.
Se os Bloc Party estão a caminho do fim (a falta de qualidade de Intimacy assim o parece indicar), pouco importa. Não terão o futuro que parecem ainda ter os Arcade Fire ou os MGMT, mas isso só parece reforçar o ponto que tento fazer: o de uma música que vive desta década e para esta década como poucas e que, por isso a ela pertence e nela se parece esgotar.
08 dezembro 2009
Maria João Seixas
Já há directora: Maria João Seixas substituirá João Bénard da Costa como directora da Cinemateca. E é uma nomeação que me deixa dividido.
Comecemos pelo fim: Pedro Mexia, de quem temia muito pior, optou pelo low profile e só lhe podemos agradecer. O escritor/poeta/cronista/crítico/blogger/encenador ocasional optou por, pelo menos para fora, pouco ou nada mudar. Fez bem.
Quanto à nova directora, reconheço-lhe longa carreira no jornalismo e algumas excelentes entrevistas que li, sendo provavelmente alguém que, sendo eu próprio um ex-jornalista, gostaria de ter tido como editora ou professora. Espero que a própria se prepare porque, apesar da sua longa carreira, várias "bocas" se seguirão apontando a sua anterior conjugalidade como motivo de escolha.
De resto... o Ministério optou por não escolher ninguém que tenha experiência de facto, prática e teórica, para melhor desempenhar o cargo, incorrendo no mesmo erro em que incorreu quando nomeou Mexia, por acção directa de Bénard da Costa. Com José Manuel Costa ou João Mário Grilo por aí (para não falar num mais velho Alberto Seixas Santos ou, porque não, até num João Lopes ou num Fernando Lopes), resta saber porque persiste esta relutância em trazer os melhores exemplos práticos de uma arte para os campos de decisão e gestão. Será pela ideia de que um artista não consegue cumprir um orçamento? Ou porque, em Portugal, um cineasta é criatura de poucos amigos, sobretudo na política?
Posto isto, pelo carinho que tenho por aquela casa e pelos filmes que ainda lá espero ver, desejo a melhor sorte a Maria João Seixas. Sobretudo, que dê um choque na Cinemateca que a liberta do relativo tédio do "ciclo entra ciclo" sai em que parece estar um pouco presa. e que finalmente instaure outros pólos da instituição não apenas no Porto, mas também noutras partes do país, por exemplo junto às universidades de Coimbra, Algarve e Beira Interior.
04 dezembro 2009
Romance Perigoso
O dia 13 de Setembro de 2008 provocou terramotos nunca vistos depois de 1929. Aconteceu mesmo, depois de muitos avisos ignorados. Hoje, parece já estar tudo normal (exceptuando Bernie Madoff, nenhum dos prevaricadores foi preso, os astronómicos bónus bancários já estão a ser pagos, as bolsas já geram outra vez dinheiro e sobrou apenas uma crise económica que não belisca quem recebeu pára-quedas dourados para arruinar a economia mundial) mas Michael Moore já andava de olho na situação antes do rebentamento. E com o resultante Capitalism: A Love Story assina o seu melhor filme desde a estreia com Roger and Me (1989).
Iniciando o filme com uma óptima montagem comparando a situação dos EUA à queda do Império Romano, o filme avança por uma visão do que era o ideal do capitalismo americano no pós-guerra imediato, até à ofensiva que as empresas norte-americanas fizeram aos direitos laborais e à ocupação de cargos governamentais que redundaram no aumento da desigualdade através do corte de impostos para a minoria abastada. A parte do filme de pendor informativo culmina com o fulminar do sistema em 2008 e é, diga-se de passagem, a parte mais útil do filme. Num contexto mediático dominado pela direita (embora eles digam que não) é com clareza, com números, gráficos de fácil compreensão e numerosos exemplos práticos que Moore explana a evolução da economia mundial e as condições que deram origem à débacle. Este é, então, um filme de rigoroso e relevante pendor informativo e contextualizador, fazendo o trabalho necessário mas que os média mainstream se recusaram, por motivos ideológicos e empresariais, a fazer ao longo dos últimos 30 anos.
Na segunda parte, são dados exemplos de como a crise afectou pessoas concretas e de como esta pode ser debelada. Parte mais interessante do ponto de vista documental, dando uma visão humana dos efeitos e das saídas da crise, é aquele em que os casos são do mais caricatural, desde o economista formado na Ivy League que não consegue explicar o que são derivativos, demonstrando na prática o desnorte do sistema económico ao aviltante momento em que são denunciados os seguros de vida que as empresas fazem aos empregados, ficando com a compensação quando estes morrem. É talvez o momento mais explorador do filme (são visíveis as lágrimas nas faces de alguns dos entrevistados), mas também aquele que retira com mais precisão a economia dos manuais e dos escritórios corporativos. Também é aqui que exemplos de empresas em cooperativa, com partilha simultânea de sacríficio e de lucro, são apontados como possível solução.
Na última, talvez a mais panfletária, Moore apela à desobediência civil, dando exemplos de casos em que, na sua óptica, esta se encontra já a começar. Seria a parte que eventualmente poderia ser acusada de marxista para cima, mas que ganha uma curiosa dimensão quando comparada com o momento inicial: afinal de contas, em nenhum momento se pede um paradigma “esquerdista”, mas sim um regresso ao momento em que o capitalismo se sedimentou e que, na versão do realizador, construiu a América. Este é, então, o filme em que fica claro que a mudança dirige-se, então, no sentido da ética e da partilha entretanto perdidas e não dos amanhãs que cantam.
O que causará decerto muita confusão a muita gente. Mas é o que dá profundidade e conteúdo ao filme. Enquanto muitos se divertiam, ao longo dos anos, a questionar o patriotismo de Moore e a apelidá-lo de leninista de mil maneiras veladas, o que ele aqui mostra é o seu amor pela América, bem como a noção de que, afinal, nem o país se esgota nas corporações nem a magnífica cidade de Nova Iorque acaba em Wall Street. No limite, Michael Moore está mais próximo da Star Spangled Banner que de uma foice e de um martelo e isso causará muita surpresa. A quem andou distraído, claro.
Iniciando o filme com uma óptima montagem comparando a situação dos EUA à queda do Império Romano, o filme avança por uma visão do que era o ideal do capitalismo americano no pós-guerra imediato, até à ofensiva que as empresas norte-americanas fizeram aos direitos laborais e à ocupação de cargos governamentais que redundaram no aumento da desigualdade através do corte de impostos para a minoria abastada. A parte do filme de pendor informativo culmina com o fulminar do sistema em 2008 e é, diga-se de passagem, a parte mais útil do filme. Num contexto mediático dominado pela direita (embora eles digam que não) é com clareza, com números, gráficos de fácil compreensão e numerosos exemplos práticos que Moore explana a evolução da economia mundial e as condições que deram origem à débacle. Este é, então, um filme de rigoroso e relevante pendor informativo e contextualizador, fazendo o trabalho necessário mas que os média mainstream se recusaram, por motivos ideológicos e empresariais, a fazer ao longo dos últimos 30 anos.
Na segunda parte, são dados exemplos de como a crise afectou pessoas concretas e de como esta pode ser debelada. Parte mais interessante do ponto de vista documental, dando uma visão humana dos efeitos e das saídas da crise, é aquele em que os casos são do mais caricatural, desde o economista formado na Ivy League que não consegue explicar o que são derivativos, demonstrando na prática o desnorte do sistema económico ao aviltante momento em que são denunciados os seguros de vida que as empresas fazem aos empregados, ficando com a compensação quando estes morrem. É talvez o momento mais explorador do filme (são visíveis as lágrimas nas faces de alguns dos entrevistados), mas também aquele que retira com mais precisão a economia dos manuais e dos escritórios corporativos. Também é aqui que exemplos de empresas em cooperativa, com partilha simultânea de sacríficio e de lucro, são apontados como possível solução.
Na última, talvez a mais panfletária, Moore apela à desobediência civil, dando exemplos de casos em que, na sua óptica, esta se encontra já a começar. Seria a parte que eventualmente poderia ser acusada de marxista para cima, mas que ganha uma curiosa dimensão quando comparada com o momento inicial: afinal de contas, em nenhum momento se pede um paradigma “esquerdista”, mas sim um regresso ao momento em que o capitalismo se sedimentou e que, na versão do realizador, construiu a América. Este é, então, o filme em que fica claro que a mudança dirige-se, então, no sentido da ética e da partilha entretanto perdidas e não dos amanhãs que cantam.
O que causará decerto muita confusão a muita gente. Mas é o que dá profundidade e conteúdo ao filme. Enquanto muitos se divertiam, ao longo dos anos, a questionar o patriotismo de Moore e a apelidá-lo de leninista de mil maneiras veladas, o que ele aqui mostra é o seu amor pela América, bem como a noção de que, afinal, nem o país se esgota nas corporações nem a magnífica cidade de Nova Iorque acaba em Wall Street. No limite, Michael Moore está mais próximo da Star Spangled Banner que de uma foice e de um martelo e isso causará muita surpresa. A quem andou distraído, claro.
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Michael Moore
01 dezembro 2009
Um marco da cultura nacional
Aqui, saudei o regresso do cinema à RTP2. Passadas duas semanas, regressa esse bastião do pensamento e do engenho nacionais que é o talk-show 5 para a meia-noite. E o cinema? Mas isso interessa a alguém?
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