18 março 2010

Sumaríssimos (12)


O problema de Alice in Wonderland não é, como casos há muitos, de dificuldade na conjugação de universos; é o problema diametralmente oposto. O universo de Lewis Carroll, ainda que glosado pela argumentista Linda Woolverton, não fornece qualquer obstáculo a Tim Burton, que nele se movimenta com (demasiada) destreza e à-vontade. Acontece que, no meio disso e apesar do tom apocalíptico de que o País das Maravilhas aqui se reveste e do excelente desempenho de Helena Bonham Carter como Rainha Vermelha, tudo é monótono e previsível. Tal sentimento é uma novidade num cineasta que, com poucas excepções, costuma fazer sempre filmes estimulantes.

Foi também o primeiro filme que vi em 3D e pensei aquilo que já suspeitava: o interesse daquilo, para mim, é muito reduzido.

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