"Saraband" poderá ser visto a partir da meia-noite, "Profissão: Repórter" passa às 00h15 e "Blow Up" às 00h30, nos dias 02, 03 e 04 de Agosto, no cinema King, em Lisboa.
Se a Cinemateca dedicar grande parte da sua programação de Setembro aos dois cineastas, falar-se-à de repetições constantes? De oportunismo? Ou perceber-se-à que a repetição, a visão e a partilha são as únicas formas de homenagem que fazem sentido?
31 julho 2007
Apocalipse da cinéfilia
Xan Brooks, no Guardian (via Mil e Tal Filmes) fala num "european art-house apocalypse". "Apocalipse" significa novo começo. Se fosse para melhor ou para igual, não me importava. Mas não sei até que ponto a morte destes dois mestres não é um sinal de algo pior: a morte do cinéfilo doente. O fim de um tempo. O desaparecimento de uma conjuntura que nos seja minimamente favorável. O apocalipse da cinéfilia.
30 julho 2007
28 julho 2007
23 julho 2007
20 julho 2007
Pragmatismo Clássico
A good movie is three good scenes and no bad scenes.
Anybody can direct a picture once they know the fundamentals. Directing is not a mystery, it's not an art. The main thing about directing is: photograph the people's eyes.
"That's enough of that shit." - what Eastwood says after a take, instead of "Cut!"
Etiquetas:
Clint Eastwood,
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Reflexões Cinéfilas
05 julho 2007
Modernidade e puritanismo sexuais
A publicidade sexualizada da Comissão Europeia ao cinema europeu tem criado alguma celeuma. Só por isso, é eminentemente positiva: a 7ª arte no Velho Continente costuma apenas gerar motivos de discussão mesquinhos (o financiamento e os subsídios) ou programados (o habitual filme-escândalo do Festival de Cannes), vivendo amiúde fechada sobre si mesma. Só por isso, aquele minuto pago pelo programa Media abre uma nova perspectiva para se conceber o que o cinema europeu tem de próprio e único.
Antes de mais, quero explicitar que a opinião que demonstrei atrás, produto do incómodo que o anúncio me causou, não deriva por si só da sua temática sexual. É, antes, a total gratuitidade do spot que me perturba. Porque, contrariamente ao que ouvi ontem dizer na SIC Notícias um responsável da Comissão, muito “blairiano” no ar supostamente modernaço, o que diferencia o cinema europeu do cinema americano em matéria erótica não é a possibilidade de mostrar actos sexuais. Nos Estados Unidos, deixando de lado a indústria de San Fernando Valley, há toda uma produção de filmes softcore que exploram o sexo, normalmente disfarçado por uma intriga policial de sexta categoria. Aliás, a própria dinâmica dos filmes de acção estado-unidenses passa cada vez mais pelo suor que escorre de corpos bem tonificados. Pelo contrário, o cinema europeu caracteriza-se, através de Almodôvar, Godard, Ozon e Chéreau, entre outros, pelo tratamento estético dado ao conteúdo sexual. Ora, o spot do programa Media não tem o mínimo valor estético e, pior, não há qualquer referência a um conteúdo artístico do cinema europeu. Portanto, é um anúncio que visa vender da pior maneira possível: confundindo aquilo que realmente há de específico e atraente no produto promovido.
Não se trata, então, de uma questão de puritanismo sexual. Porque puritanismo é entender que a representação erótica se esgota na mera transgressão e na simples pornografia. Compreende-se, então, que tenham sido preferidos gemidos caricaturais a momentos de intensa beleza como a pudica cena de sexo oral no Intimidade de Patrice Chéreau (2000).
Antes de mais, quero explicitar que a opinião que demonstrei atrás, produto do incómodo que o anúncio me causou, não deriva por si só da sua temática sexual. É, antes, a total gratuitidade do spot que me perturba. Porque, contrariamente ao que ouvi ontem dizer na SIC Notícias um responsável da Comissão, muito “blairiano” no ar supostamente modernaço, o que diferencia o cinema europeu do cinema americano em matéria erótica não é a possibilidade de mostrar actos sexuais. Nos Estados Unidos, deixando de lado a indústria de San Fernando Valley, há toda uma produção de filmes softcore que exploram o sexo, normalmente disfarçado por uma intriga policial de sexta categoria. Aliás, a própria dinâmica dos filmes de acção estado-unidenses passa cada vez mais pelo suor que escorre de corpos bem tonificados. Pelo contrário, o cinema europeu caracteriza-se, através de Almodôvar, Godard, Ozon e Chéreau, entre outros, pelo tratamento estético dado ao conteúdo sexual. Ora, o spot do programa Media não tem o mínimo valor estético e, pior, não há qualquer referência a um conteúdo artístico do cinema europeu. Portanto, é um anúncio que visa vender da pior maneira possível: confundindo aquilo que realmente há de específico e atraente no produto promovido.
Não se trata, então, de uma questão de puritanismo sexual. Porque puritanismo é entender que a representação erótica se esgota na mera transgressão e na simples pornografia. Compreende-se, então, que tenham sido preferidos gemidos caricaturais a momentos de intensa beleza como a pudica cena de sexo oral no Intimidade de Patrice Chéreau (2000).
04 julho 2007
01 julho 2007
Filmes do Mês - Junho
Cinemateca
Viridiana (1962)de Luis Buñuel
Cinco Mulheres em Torno de Utamaro (1946)de Kenji Mizoguchi
Estreias
Zodiac de David Fincher
Ocean's 13 de Steven Soderbergh
Casa
La Bête Humaine (1938) de Jean Renoir
The Tall T (1957)de Budd Boetticher
Mon oncle d'Amerique (1982) de Alain Resnais
Rendez-Vous (1985) de André Téchiné
Good Will Hunting (1997 - revisão) de Gus van Sandt
Um mês em serviços mínimos.
Viridiana (1962)de Luis Buñuel
Cinco Mulheres em Torno de Utamaro (1946)de Kenji Mizoguchi
Estreias
Zodiac de David Fincher
Ocean's 13 de Steven Soderbergh
Casa
La Bête Humaine (1938) de Jean Renoir
The Tall T (1957)de Budd Boetticher
Mon oncle d'Amerique (1982) de Alain Resnais
Rendez-Vous (1985) de André Téchiné
Good Will Hunting (1997 - revisão) de Gus van Sandt
Um mês em serviços mínimos.
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