04 agosto 2012
30 julho 2012
20 julho 2012
Magic Mike (Steven Soderbergh, 2012)
17 julho 2012
O Fim da Minha Vida Enquanto Festivaleiro
03 julho 2012
Faustrecht der Freiheit (Rainer Werner Fassbinder, 1975)
28 junho 2012
Revisão da Matéria Dada - VI
15 junho 2012
Chasing Amy (Kevin Smith, 1997)
13 junho 2012
The Narrow Margin (Richard Fleischer, 1952)
10 maio 2012
Shaun of the Dead (Edgar Wright, 2004)
07 maio 2012
IndieLisboa (balanço)
1- Into the Abyss de Werner Herzog
2- Alps de Yorgos Lanthimos ex-aequo com Take Shelter de Jeff Nichols
4- Everyone in Our Family de Radu Jude
5- Michael de Markus Schleinzer
Foi, dos filmes que vi, um festival equilibrado, com filmes de qualidade e uma montra digna e versátil do melhor cinema que se fez nos últimos 12 meses pelo mundo fora.
A blogoesfera cinematográfica nacional fez-se representar por diversos bloggers e o Luís Mendonça optou por compilar um top blogoesférico dos filmes exibidos no Indie. O resultado pode ser visto no Cinedrio.
06 maio 2012
Indiegências 2012 (último)
Em parceria com a Take
03 maio 2012
Indiegências 2012 (2)
02 maio 2012
Fernando Lopes, definitivamente
01 maio 2012
Indiegências 2012 (1)
19 abril 2012
Autobiografia de Nicolae Ceausescu (Andrei Ujica, 2010)
08 abril 2012
Le Conseguenze dell'Amore (Paolo Sorrentino, 2004)
05 abril 2012
A Espalhar
O texto anterior em que, algo ingenuamente, declaro vitória, foi uma ejaculação precoce de quem quer que a causa tenha sucesso. Se lamento por ele, não me sinto na obrigação de pedir desculpa. Peço apenas que, se estiverem de acordo connosco, façam o favor de partilhar esta imagem, no Facebook, em blogues ou onde quer que seja. Obrigado.
O Sentido do Fim (Julian Barnes, 2011)
01 abril 2012
As 3 coisas de que não gosto em Terrence Mallick
10 março 2012
Poder, podia... e até era bem melhor!
Depois de uma sabática de vários anos, voltei a uma sala Zon Lusomundo para ver o óptimo Shame de Steve McQueen. Os motivos prendem-se sobretudo com questões de ordem prática: trabalho perto de Oeiras, o Oeiras Parque fica a poucos minutos do emprego e é sempre útil poder jantar a preços acessíveis antes de ir ver o filme. Por outro lado, a hipótese não me agradou muito: tenho um ódio figadal a tudo o que diga respeito ao “amigo Joaquim”, à forma como tornou o DN um jornal da direita mais grunha, à falta de isenção da informação que os seus orgãos de comunicação prestam e a um dos maiores exemplos de integração vertical da economia nacional.
Este último ponto é particularmente visível na experiência de ir a um cinema Zon Lusomundo. Se o acto de os cinemas passarem publicidade comercial (não confundir com os trailers de outros filmes, que ajudam o espectador a saber o que pode ver futuramente em sala) já de si é abjecto, porquanto representa uma feia maximização do lucro à custa da disponibilidade mental de alguém que, lembremos, já despendeu um valor significativo para ali estar, no caso da Zon Lusomundo isso é ainda pior. Porque cerca de metade da publicidade que os cinemas Zon Lusomundo passam é a produtos da própria Zon. Se a isto juntarmos o facto de grande parte das pessoas que vão a cinemas do grupo o fazem por terem um cartão do serviço de tv por cabo da empresa, que lhes dá um bilhete grátis na compra de outro, o que fica é a sensação de o cinema ser apenas uma pequena roda na engrenagem de muitos milhões que rege a companhia.
Se as salas têm óptimas condições de imagem e som e são amplamente confortáveis, continuo a preferir outras (algumas, como o Monumental, também situadas em centros comerciais), onde parece que o cinema está mais alto na hierarquia de preocupações. Porque, para a Zon Lusomundo, vender é vender, seja filmes, couves ou cães de loiça. O tempo dos cinemas isolados, com maus cafés ou sem café de todo, parece ter terminado (compare-se o King ao arejadíssimo CinemaCity Classic Alvalade, com um bom café à entrada), mas tem de haver melhor solução do que este mercantilismo desenfreado, ainda para mais em prol de outros produtos.
06 março 2012
They Live! (John Carpenter, 1988)
They Live! é a carta de ódio de John Carpenter à administração Reagan e, num sentido mais lato, ao neo-liberalismo que este passou, como uma doença contagiosa, ao resto do mundo. Como sempre acontece, a ficção científica serve aqui como comentário e intervenção sobre o tempo presente, embora, nas sequências em que o wrestler e protagonista Roddy Piper põe os óculos escuros, haja também um visual vintage que serve de homenagem ao passado do género. Filme, então, sobre a desigualdade e a alienação geradas pelo capitalismo desenfreado, ganha uma nova dimensão na segunda parte, quando se torna um pastiche dos filmes de acção da década de 80, dois brutamontes ao tiro a tudo o que mexa e a debitar one-liners pelo caminho. Acima de tudo, é isto They Live!: uma sátira irrisória a um tempo, feita de acordo com as regras do seu tempo mas que, na sua essência, é como se tivesse sido feita de 2008 para cá.
28 fevereiro 2012
As Tears Go By (Wong Kar-Wai, 1988)
26 fevereiro 2012
05 fevereiro 2012
02 fevereiro 2012
Retrato dos artistas enquanto miúdos
Just Kids é um acto de generosidade e o último presente dado por Patti Smith a Robert Mapplethorpe: o retrato do(s) artista(s) enquanto miúdos, as pessoas em busca dos artistas que já vivem dentro deles. O que a poeta/cantora faz é apresentar o fotógrafo a uma nova geração e mostrá-lo, numa luz mais intima, a todos os conhecedores, perpetuando a sua memória como prova de amor. Ao mesmo tempo, cria também um fresco de uma época, um livro poético sobre a
comunidade artistica nova-iorquina dos anos 60 e 70.
Patti Smith e Robert Mapplethorpe conhecem-se em Nova iorque no final dos anos 60, quando Smith acaba de chegar. Cedo se tornam inseparáveis, ele um rapaz pacato de de uma família católica, os olhos verdes e a indumentária extravagante, ela a fugir de uma vida sem futuro enquanto trabalhadora fabril e sonhando com uma carreira na poesia. Ele fã de Wharhol e autor de colagens, ela a escrever esboços de poemas e a desenhar profusamente. Até que um estabilizasse na musica e outro na fotografia, passar-se-ia quase uma década, povoada pelas mais importantes figuras do seu tempo. A viver no Chelsea hotel, ambos convivem com figuras como William Burroghs (a quem Patti chamava um táxi todas as noites), Allen Ginsberg (que confunde Patti com um prospectivo engate masculino) e Janis Joplin, que transmite a Smith a sua imensa solidão. São também frequentadores do famoso Max’s, onde a troupe Wharholiana, incluindo as musas Candy Darling (“Candy says...”) e Edie Sedgewick, se reúne. São tempos sem dinheiro, em que um fica a porta dos museus por não poderem pagar dois bilhetes e o outro entra, vê a exposição e relata-a ao parceiro, batendo à porta do mundo das artes que se faz dificl.
Mas estes são, sobretudo, tempos de definição pessoal. Para Patti, na sua escrita e no caminho que percorre até à música. Para Robert, no percurso em direcção à fotografia mas, mormente, na sua definição sexual, nomeadamente no assumir da homossexualidade, dificultada por uma educação católica restrita. No momento em que Robert finalmente encontra um parceiro no milionário Sam Wagstaff, já Patti teve relacionamentos com o dramaturgo Sam Shepherd e com Allen Lanier, teclista dos Blue Oyster Cult, antes de casar com Fred Sonic Smith, guitarrista dos MC5. É nessa altura que podem ambos seguir em frente, estando cumprido o voto reciproco de se acompanharem até estarem ambos em posições confortáveis e estáveis. É este o fulcro de Just Kids: duas pessoas fundamentais na formação um do outro, que partilharam uma época histórica imprescindível do século XX e que, até à morte de Robert Mapplethorpe, de SIDA, em 1989, mantiveram o tipo de ligação que acontece uma vez na vida.
Se a escrita de Smith não deixa de lado o aspecto poético, Just Kids é também um livro solido, de progressão ritmada e que, mais do que a nostalgia por uma época vivida, se foca num poder evocativo que mergulha o leitor num contexto de criatividade mirambolante misturada com uma crónica falta de dinheiro. Uma recordação tranquila, evocando toda a beleza da relação entre os protagonistas, que possui a veracidade de uma biografia e o cuidado estético de um romance. Tanto quanto um grande livro rock n roll, este livro está, na carreira de Patti Smith, ao nível dos álbuns Horses (1975) e Easter (1978) como pedra-de-toque de um percurso singularíssimo.
31 janeiro 2012
Estranho bailado
No percurso de PT Anderson, Punch-Drunk Love representa, de forma muito concreta, um "back to basics". Depois de Sidney/Hard Eight, filme de câmara, focado essencialmente em três personagens, os magníficos Boogie Nights e Magnolia era objectos de maior fôlego, narrativas corais inspiradas, respectivamente, em Scorsese e em Altman mas demonstrando sempre o virtuosismo e a visão particulares do seu autor . Punch Drunk Love regressa a um escopo mais pequeno, centrando-se num par romântico composto por Emily Watson e Adam Sandler e, sendo um filme que, mesmo numa revisão, mantém uma lado esdrúxulo e fora do normal, é um cabal exemplo de como a renovação que Anderson tem imposto no cinema americano se pode aplicar também a filmes menos épicos e mais focados numa particular (mesmo que minimalista) história.
Misto de melodrama com comédia romântica com um sentido particular de espaço (é um filme que não tem horror ao vazio no enquadramento), é também um filme de estrutura e organização musical. A banda-sonora de Jon Brion, mais do que constituída por pedaços musicais propriamente ditos, é composta por sons e ruídos que se articulam e influenciam o desenvolvimento visual da narrativa mais do que o enredo, facilmente resumível. Tudo isto redunda num estranho bailado, num filme em que as personagens, sobretudo a de Adam Sandler, parecem dançar ao som de uma musica que só eles ouvem.
Punch Drunk Love resume-se também como história de amor pouco comum, não só por ser a mulher o elemento dominante, mas porque há genuínas duvidas sobre o desenlace deste romance (contrariamente ao que acontece na maioria das comédias românticas, que não deixam qualquer duvida quanto ao final feliz que espera o espectador), bem como uma sensação de perigo extraordinariamente bem conseguida na intriga que opõe a personagem principal ao gang dos telefones eróticos. Há muita competência no modo como PT Anderson organiza a narrativa idiossincrática que escreveu para este filme.
Na senda dos filmes anteriores, também este é um filme inspirado na memoria de antanho do cinema americano. Onde os anos 70 eram reis, aqui a referência parece ser mais as comédias românticas dos anos 50 e 60, os filmes garridos, por exemplo, de Doris Day e Rock Hudson. Embora haja espaço para outras influencias (Sandler a correr lembra Ben Gazzarra no The Killing of a Chinese Bookie de Cassavettes), a cena central do encontro do casal no aeroporto no Hawai, com um azul metalizado contra as cores da paisagem natural e com o grupo de passageiros a passar por trás é a que melhor sintetiza as características estéticas do filme.
Não sendo uma obra-prima, Punch Drunk Love apresenta-se como um passo em frente na carreira de um dos mais interessantes mavericks do cinema americano dos últimos vinte anos, uma prova dada à saciedade de que consegue fazer filmes diferentes dos anteriores e de que não ficaria preso ao sucesso que a formula coral usada em Boogie Nights e Magnolia. De referir, para finalizar, que muito do filme assenta também no talento de Adam Sandler, que mostra o quanto, depois de passarem pelo crivo dos brilhantes sketches de Saturday Night Live, o problema de muitos destes actores de comédia é não encontrarem material ao seu nível. Aqui, Sandler é ultra-credível e pelo seu embaraço e timidez passa muito do que torna este filme num objecto pungente sobre a conquista do amor verdadeiro.
25 janeiro 2012
Para mim, a culpa foi do árbitro!
24 janeiro 2012
Gangsta frouxo
Quando realizou The Untouchables (1987), Brian DePalma exibia, nos seus filmes, claros sinais exteriores de riqueza: no elenco luxuoso (aos joven Kevin Costner e Andy Garcia juntavam-se os já reconhecidos Robert DeNiro e Sean Connery) ou nos colaboradores que trouxe para o filme, como Giorgio Armani para o guarda-roupa e Ennio Morricone para a música. Prestes a entrar na primeira divisão do mainstream americano, DePalma perdeu a oportunidade: por uma lado, com o falhanço genial de The Bonfire of Vanities (1989), por outro, com este mole panegírico do heroísmo americano.
Nos antípodas da amoralidade e do sentido de tragédia dos filmes de gangsters dos anos 30 (que tinha transformado no muito bem conseguido remake de Scarface, 1982), The Untouchables joga-se todo no maniqueísmo mais básico, na bondade insossa dos bons e na maldade desinteressante dos maus. Semelhante posicionamento moral demasiado evidente prejudica o desenvolvimento das personagens, que aqui parecem meras folhas planas onde nada foi escrito. E naturalmente que isso prejudica o trabalho dos actores, mormente o Al Capone de Robert DeNiro, salvando-se apenas o polícia duro interpretado por Sean Connery.
Não conhecendo eu os bastidores da feitura de The Untouchables, parece-me que das duas uma: ou DePalma desaproveitou um bom argumento de David Mamet ou o dramaturgo e cineasta norte-americano escreveu aqui uma das suas obras mais fracas. Pouco imaginativo, previsivel e sem a dimensão verbal rápida e obscena que caracteriza os seus melhores textos, em boa hora Mamet se lançou no seu próprio cinema e deixou de operar tarefas destas.
Salva-se a sequência na escadaria da estação de comboios, clara piscadela de olho a O Couraçado Potemkine (1927), mas não chega para fazer um bom filme.
18 janeiro 2012
Romain meurt
Romain (desde já digo, extraordinário Melvil Poupaud) está a morrer. Sabe-o depois de um desmaio durante uma sessão onde fotografa duas modelos em cenário parisiense. Um médico cordato e amigável diz-lhe que tem um cancro metastasiado e que as suas hipóteses são poucas, mas reais. Romain não quer passar pela degradação física causada pela quimioterapia, nem tão pouco prestar-se à comiseração e preocupação dos outros. Assim, corta com o companheiro e esconde a doença de todos menos da avó, porque esta “também vai morrer em breve”. E é neste pressuposto de morte iminente que Le temps qui reste, filme pequeno e solar, se desenvolve.
Como a sua personagem principal, Le temps qui reste é um filme que se joga todo na contenção e na recusa do pathos habitualmente presente nas histórias de morte. Seco e despojado, com pouco menos de 80 minutos, rejeita em larga medida a encenação das cinco fases da morte (que tanto fez, por exemplo, pelo All that Jazz de Bob Fosse) para encenar sobretudo as tarefas necessárias para que Romain atinja a paz que procura. É como se, mais do que a austeridade no olhar ser um método, esta fosse o próprio objectivo central do filme: o de mostrar o turbilhão emocional de alguém confrontado com a sua própria morte da forma menos lacrimejante possível. O que, se torna compreensível a ideia de distanciamento emocional de que o filme foi acusado – pejorativamente – por alguma crítica à época da sua estreia, só pode ser tido como feitio e não como defeito.
A juntar a este despojamento, refira-se a capacidade de encenação de Ozon, nomeadamente no aproveitamento das potencialidades do scope (até nas suas potencialidades metafóricas – veja-se os dois planos, em momentos cirúrgicos, dos passos de Romain da esquerda para a direita do plano, como que a simbolizar a sua caminhada para a morte) e o lado berrante, cromaticamente, que o filme tem, com uma enorme profusão de amarelos, verdes e vermelhos. O melhor do filme é, contudo, a sequência final, extraordinário momento de paz interior a contrastar com os 70 e tal minutos de dor que vimos antes. Não deixa de ser estranho que François Ozon, uma das maiores esperanças do cinema europeu no início desta década, se tenha eclipsado e desde este filme só tenha feito obras ignoradas por meio mundo. Quem faz filmes destes, com este controlo, esta subtileza e esta inteligência, não pode ser considerado mau cineasta.
A Angústia do Blogger Cinéfilo no Momento do Penalty - Meias Finais
15 janeiro 2012
Enquanto o vento não muda
Jafar Panahi parecia ter tudo encaminhado para ter uma boa vida. Casa ampla, bem decorada e numa zona nobre de Teerão; o iPhone e o Macbook parecem indiciar uma vida material confortável; nos diálogos com a família, sempre por telefone, é evidente a cumplicidade e a harmonia; e é um homem respeitado internacionalmente na sua vida profissional. Acontece que os tiranos barbudos do costume, postos no poder pela incapacidade das potências ocidentais em lidar com as complexidades do Irão, condenaram-no a seis anos de prisão e a proibição de filmar durante 20 anos, por alegada participação cinematográfica nas manifestações que se seguiram à “re-eleição” de Mahmoud Ahmadinejad. Não deixa de ser curioso que, no presente, seja uma teocracia totalitária a defender o cinema como as democracias há muito não fazem: dando-lhe a importância que se dá a uma arte que (ainda) consegue mudar o mundo.
Isto não é um filme, espécie de video-retrato de um dia na vida de Jafar Panahi, construído pelo próprio cineasta com a colaboração do documentarista Mojtaba Mirtahmasb, é uma obra simples, a maneira possível e limitada que um cineasta tem de continuar a produzir num contexto em que não resta mais do que a mera documentação da sua vida quotidiana e o cinema enquanto construção linguística e mental. No huis clos doméstico em que Panahi se encontrava, inaugurava-se então um novo género cinematográfico persa: aquele que explana, nas palavras do realizador, os argumentos que a censura iraniana proibiu de filmar. Sabendo que esta maqueta viva do que seria um filme não substitui o objecto a criar, mas que a sua feitura é, ao mesmo tempo, um acto de resistência e um acto de sobrevivência.
Assim, a solução encontrada por Panahi parece ter sido a de tornar tudo cinema, o mais banal, o mais feérico (os extraordinários momentos de Jafar à janela a ver o fogo de artifício do feriado iraniano) e mais doloroso, sabendo que o real está cheio de motivos para filmar. É assim que se justifica que Panahi filme tão sofregamente o estafeta (a juventude iraniana que se desmultiplica em empregos para estudar e que, corra tudo bem, fará a revolução) . A dada altura, o jovem sai do prédio e Panahi tem de ficar à porta, a ver uma fogueira gigante, das mesmas que as tiranias usam para queimar obras de arte. Acaba ali o seu percurso, pelo menos o que o deixam fazer. Até que o vento mude.